As dificuldades do Google+ podem já começar a demonstrar uma saturação nas redes sociais
Estas não têm sido semanas muito boas para o Google+:
- Primeiro, as notícias em diversos sites que o tráfego no Google+ caiu mais de 60% desde seu lançamento aberto ao público, em Setembro
- Depois, a gigantesca gafe cometida por um engenheiro do Google, divulgando em carta que não deveria ser aberta, que o Google+ “foi um erro de projeto”;
- Anunciou oficialmente o fim do Google Buzz. Juntando com o Google Wave, já são 2 tentativas oficialmente fracassadas do Google gerenciar multidões de pessoas em rede;
- E finalmente, o que muita gente que participa do Google+ anda sentindo: “Oi?”
Já tocamos na ferida das Redes Sociais, enquanto investimento por empresas, em duas outras ocasiões. A lição aqui continua sendo a mesma: A importância de investir em Redes Sociais não pode ser maior do que saber o que fazer com elas. E quais escolher.
Nos artigos anteriores mencionamos o que teria acontecido com a verba da sua empresa, se tivesse investido no grande hype de apenas 5 anos atrás, que foi o Second Life. Agora, voltamos à carga mencionando que as plataformas de Redes Sociais ainda estão se consolidando.
Porque a solução Highlander é atraente
Já dizia o filme Highlander: Só pode haver um.
Não precisamos ser tão radicais, mas o fato é que, como tudo na internet, passada a novidade inicial, o público costuma se concentrar ao redor de poucas soluções, ou então, estas soluções simplesmente adquirem as outras, por meio de fusões e aquisições.
Por exemplo: O ICQ, da Israelense Mirabilis, foi o primeiro software de comunicação instantânea, e, em muitos sentidos, o tataravô das redes sociais virtuais, como as conhecemos. Depois de seu sucesso estrondoso, a ele se seguiram, literalmente, dezenas de alternativas – naquela época, parecia que para sua grande empresa estar na internet, você teria que ter um software de IM (Instant Message). Hoje, temos o Microsoft Live Messenger reinando supremo neste campo — apenas porque foi praticamente o único que sobrou como software standalone –, mas quem está online, já usa o — com o perdão da palavra: indesligável chat do Facebook.
E, bom, agora temos estas notícias sobre o Google+, que se não provam nada ainda, no mínimo, também não estimulam os outros concorrentes do aparentemente predominante Facebook a inovar ou crescre. MySpace, Friendster já ficaram para,trás, o Orkut estacionou em número de usuários e não parece atraente, se o Google+ foi o lançamento de maior porte em redes sociais que já vimos nos últimos anos, quem sobrou para investir nisso? Apple? Microsoft?
A convergência é praticamente inevitável, e com rede social, não vai ser diferente. Além disso, empresas gostam de segurança. Se hoje as redes sociais são vistas como lugares onde a marca precisa estar para defender seu nome, uma consolidação pode de fato torná-las um veículo de marketing mais poderoso que a TV, desde que você não se deixe seduzir pelas promessas mirabolantes de “profetas”.
Em rede social, antiguidade é posto
O Google+ pode estar tendo dificuldades porque, apesar de inovações bacanas, como o Sparks e os Hangouts, oferece apenas “mais do mesmo”. E quem participa minimamente de alguma rede social sabe que o importante nela não é tanto a plataforma, mas sim, quem está nela — principalmente seus amigos e familiares. Por exemplo: Você já teve todo aquele trabalho para convencer sua sogra a acessar o Facebook para ela poder ver fotos dos seus filhos SEM ela ir na sua casa, e agora você vai para outra rede? Complicado… (Tá legal, a minha sogra é bacana, e eu usei um estereótipo batido para entregar um argumento, admito. Mas aposto que ficou bem claro).
“Não gastar dinheiro à toa” é diferente de “não investir”
Ações de Marketing no Facebook, por enquanto, me parecem bastante seguras de investir. É a maior plataforma em termos de usuários, popularidade e alcance, com 800 milhões de usuários ao redor do mundo — tem que ter u’a mão realmente ruim demais em negócios para conseguir afundar uma empreitada destas, e o maior concorrente parece que não conseguiu arranhar sua base… mas já vimos coisa pior acontecer (Yahoo, AOL, hello?). Como já dissemos, Blog é sempre importante, no mínimo, para sua própria empresa (leia nossos artigos anteriores). Para mim, mesmo o badalado Twitter corre risco de virar uma nota de rodapé na história — mas isso merece um post separado, no futuro.
E você, o que acha?