Ultrabook ou Tablet? Ambos!
Porque a discussão se o Ultrabook veio para matar os tablets é irrelevante e contraproducente
Creio que um dos motes preferidos da imprensa é criar rivalidade onde, na verdade, não existe. Quando os tablets caíram no gosto do mercado e explodiram nas vendas, não tardou a se decretar a morte do notebook. Passados mais de 3 anos, já estamos na terceira geração do iPad, e as vendas de notebooks de fato diminuíram… mas em minha opinião, embora de fato Maçãs e Andróides tenham influenciado nisso, Zeus influenciou muito mais, se é que me entendem…
O Ultrabook, como vem sido chamado os novos modelos de notebooks ultra leves, com longa duração de bateria e performance (veja ao longo do post), seria “a resposta ao tablet”. Momentinho: qual era a pergunta mesmo?
Cada um com seu cada um…
O fato é que desktops, notebooks, tablets e ultrabooks, todos têm seu devido lugar no mercado, e na maioria dos casos, são instrumentos complementares um ao outro. O tablet tornou acessível a “computação casual”, porque é leve, tem longa bateria, mas principalmente, evoluiu a interface de toque ao ponto de ser uma extensão de nossas mãos. Não foi vídeo no YouTube não, eu presenciei uma bebê que nem 2 anos fez ainda dar cada catiripapo em passarinho em um iPad, que orgulharia qualquer pai. O tablet, como objeto de computação pessoal , não tem mais volta. E já faz belas presenças no corporativo também.
Mas, tirando a Bia acima, que é uma gracinha, nós aqui precisamos trabalhar ou resolver afazeres pessoais que demandam preocupações bem mais sérias do que porquinhos ladrões. Eu não me sentiria confortável, por exemplo, em ter aplicativos de acesso bancário em um tablet, assim como não tenho em smartphones, pelo simples fato de que, o que era um dispositivo divertido, se torna chato no momento em que tenho que me preocupar com senhas, segurança, roubo, invasão, etc… quem opta por usar este tipo de aplicação sem qualquer uma destas medidas, está optando por ter sua vida devassada quando perder bem mais que um aparelho, em um furto ou perda.
Então, para trabalhar com longos textos, eu prefiro algo com um teclado físico. Para trabalhar com aplicativos que requerem poder de processamento, prefiro algo que tenha uma CPU poderosa. Para preservar minha segurança pessoal, prefiro concentrar meus descuidos num lugar menos “olhograndezivável”.
E todas são razões que contrapõem a filosofia de um tablet a de um notebook , ultrabook ou desktop.
…e um por todos, e todos por um
Mas por que eu deveria me limitar a usar um tablet para digitar? Por que sou obrigado a ler e-books em um ultrabook, mesmo ele sendo leve? Fico com os dois, oras! A tecnologia, reconheçamos, está tão acessível, que chega a ser contrassenso, principalmente em empresas, optar por um caminho só.
Imagine uma empresa obrigando todos os seus colaboradores a usar notebooks, quando os mesmos trabalham estacionados o dia inteiro, principalmente, com números (já viu notebook com teclado numérico? Existe, mas é caro). Um desktop cumpre esta função muito melhor, e com muito mais ergonomia, visto que é mais fácil alinhar um monitor comum pela altura dos olhos (Sim, você pode acoplar tudo isso a um notebook também, mas e o custo?). Por outro lado, obrigar vendedores e outros autônomos a digitar em smartphones, quando já existem tablets acessíveis, também vai contra a produtividade. Melhor investir em um tablete WiFi, e usar o smartpone mais simples possível meramente como ponto de acesso 3G – mais 2 dispositivos que se complementam. Alguns desenvolvedores preferem notebooks por conta da mobilidade, outros preferem a maior estação que puderem montar, e assim vai.
Ultrabook, Notebook, Cookbook, bah…
É função do nosso mercado providenciar ao cliente a melhor solução para cada caso, e fltrar a mídia em cima disso é um desafio cada vez maior. Não há necessidade de usarmos um dispositivo só para todas as funções, se o custo dos mesmos em relação ao retorno proporcionado em tempo, produtividade, ou até mesmo conforto, para cada função, não justifica mais o dispositivo único.
E você, usa tablet e desktop, ou smartphone e notebook, um para cada caso? Opine!