Licenciamento Microsoft CSP Explicado

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Licenciamento Microsoft CSP explicado
CSP é a sigla de Cloud Solution Provider, o novo programa de licenciamento da Microsoft

Apresentando o Licenciamento Microsoft CSP

Durante décadas, o Licenciamento Open da Microsoft foi a forma de comercialização ideal dos produtos Microsoft para empresas. Tudo isso chegou ao fim em 31/01/2021, quando o Open foi extinto. Em seu lugar, temos o novo Licenciamento Microsoft CSP, cuja sigla significa Cloud Solution Provider.

O nome não encompassa apenas licenças que funcionam exclusivamente em nuvem. Todos os produtos que antes existiam em Open, como licenças perpétuas ou por assinatura continuam existindo no Licenciamento Microsoft CSP.

Diferenças entre o Open e o CSP

Antes de entrarmos em detalhes, aqui vão algumas informações básicas para quem veio do Open sobre o Licenciamento Microsoft CSP. Isso lhe ajudará a tirar suas dúvidas o mais rápido possível:

  • O licenciamento Microsoft CSP se divide em licenças Cloud, exclusivamente para a Nuvem; Licenças por assinatura, para instalação em PCs ou Servidores (algumas podem ter componentes que funcionam tanto na nuvem como local) e Licenças Perpétuas, o modelo tradicional para instalação apenas local, na qual o cliente paga uma vez só pela licença;
  • Os modelos de licenciamento por Servidor + CAL e por Cores (que dispensam CALs) continuam existindo para produtos como o Windows Server, SQL Server entre outros;
  • Se você escolher o licenciamento por CALs, continuam existindo as opções de licenciar os acessos ao servidor por estações (Device) ou por usuários (User);
  • Se você escolher o licenciamento por Cores, que dispensa aquisição de CALs na maioria dos casos (o Windows Server, mesmo licenciado por Cores, continua exigindo CALs), o mínimo para aquisição inicial do Windows Server é 16 Cores, e para o SQL Server, 4 Cores;
  • O licenciamento Cloud normalmente é para produtos baseados no Azure, mas alguns produtos, como o Exchange, funcionam muito melhor na nuvem do que localmente. Consulte sempre os especialistas da MicroSafe para saber qual a melhor versão para o seu caso;
  • Não existe uma regra específica a respeito de que produto existe em versão perpétua, assinatura ou cloud. Pode existir nos 3 modos, apenas 2 ou 1. Consulte-nos sempre;
  • Não é mais necessário a compra inicial de no mínimo 5 licenças para abrir um contrato CSP, como era no Open! Você pode iniciar seu licenciamento com apenas 1 licença, se quiser;

É possível realizar Downgrade de Open para CSP? Sim e não:

Realizar um Downgrade é a maneira pela qual clientes podem obter versões antigas de softwares atuais da Microsoft. É exatamente o contrário do upgrade: você compra o Office 2021 e, com isso, tem direito a utilizar o Office 2016, por exemplo. É um mecanismo bastante útil para quem deseja continuar a utilizar versões antigas por questões de homologação e se aplica a todos os produtos Microsoft.

O processo de downgrade é simples e gratuito: basta adquirir o software atual em qualquer revenda Oficial Microsoft e, de posse do mesmo, usar o link de download da versão atual para obter imediatamente até 2 versões anteriores por downgrade (tudo é feito automaticamente pelo link do site da Microsoft que acompanha a obtenção da sua licença). Se você precisar de uma versão ainda mais antiga do produto, terá que ligar para o 0800 da Microsoft para verificar se ela ainda está disponível, o que é bastante improvável. Caso esteja, o próprio atendimento Microsoft irá lhe enviar um e-mail instruindo como proceder com o download. Este e-mail é importante também pra fins de legalização, pois você deve obtê-lo da própria Microsoft,

Entretanto, para os clientes que foram pegos exatamente na transição do modelo Open para CSP (ou seja, de Janeiro de 2022 em diante), não existe possibilidade de downgrade disponível no mesmo modelo de licenciamento. O downgrade mencionado acima é sempre de CSP para CSP. Isso porque a linha Open foi simplesmente extinta em 31/12/2021, logo, não existem mais licenças Open para onde se realizar o downgrade. Esta foi a resposta final que a Microsoft passou para a MicroSafe.

Na prática, isso não traz qualquer problema para clientes que estão adquirindo suas primeiras licenças. Em termos técnicos, o Windows Server 2019 “CSP” (por exemplo) obtido por downgrade do Windows Server 2022 CSP é exatamente o mesmo software de antes, vendido como Open.

Mas se o cliente já possui um ambiente legado no Windows Server 2019 Open, ele não pode expandir este licenciamento através de downgrade de CSP. Um exemplo é para quem possuía apenas 2 máquinas virtuais Hyper-V (VMs) no Windows Server 2019 Open, e precisa adicionar mais 2. Para isso, é necessário adquirir mais uma licença de 16 Cores do Windows Server 2019 Open. Mas esta licença não existe mais na modalidade Open, só CSP. E como explicado acima, o downgrade serve apenas para obter uma versão anterior do software, mas ele não muda o tipo de licenciamento na qual é adquirido. Como você não pode adicionar uma licença CSP em um servidor com licença Open pré-existente, fica impedido de expandir o número de VMs no servidor legado. Na prática, você precisará re-licenciar o servidor inteiro no modelo CSP, se quiser expandi-lo.

O mesmo exemplo pode ser aplicado para CALs de qualquer espécie. Se você já possuía 10 CALs de SQL Server 2016 Open anteriormente, e agora precisa adquirir mais 5, não poderá fazê-lo no modelo CSP. Neste caso, você precisará adquirir 15 CALs no modelo CSP.

Note que esta limitação se aplica apenas a impossibilidade de expansão via downgrade. A expansão de versões atuais é perfeitamente possível, basta que o software Open se encontre na mesma versão que o CSP. Por exemplo, o SQL Server 2019 existia na modalidade Open e continua existindo, nesta mesma versão, na modalidade CSP. Portanto, é perfeitamente possível adquirir CALs de SQL Server 2019 CSP para expandir uma instalação baseada em Open. Assim que uma nova versão do SQL Server for lançada em CSP (e isso já está previsto para o segundo semestre de 2022, podendo ser adiado), esta possibilidade acaba.

Como dito antes, em alguns pouquíssimos casos, você pode tentar contatar o 0800 da Microsoft para verificar se eles ainda possuem estoque de licenças antigas, mas conforme mais distante o prazo final de 31/12/2021 estiver, mais improvável esta possibilidade se torna.

Em resumo: é impossível, e sempre será, realizar downgrade do Windows Server 2022 CSP para o Windows Server 2019 Open (ou qualquer versão anterior) pelo simples fato das licenças Open não existirem mais. Mas é perfeitamente possível obter até 2 versões anteriores da versão atual, desde que tudo seja licenciado na modalidade CSP.

Licenciamento Microsoft CSP Cloud, por assinatura ou perpétuo

Os licenciamentos Cloud e por assinatura estão sempre disponíveis em pagamentos anuais e, em alguns casos, mensais. Isso permite que sua empresa invista parceladamente na aquisição de soluções Microsoft, e ainda incluem o benefício de estarem sempre atualizados. Por exemplo, se você adquirir o Windows Server por assinatura (de 1 ou 3 anos), durante todo o tempo do seu contrato, caso uma nova versão do software seja lançada, você automaticamente a recebe e tem a opção de realizar seu upgrade ou não.

Já no licenciamento perpétuo o cliente paga uma só vez pelo produto e, caso deseje migrar para uma nova versão (se e quando esta for lançada), deverá realizar a compra de um upgrade.

Como encontrar estas novas licenças?

A MicroSafe tornou bem simples a diferenciação de cada tipo de licença em nosso site. Elas são assim descritas:

Licença anual Cloud
Licença mensal Cloud
Licença anual Subscription (assinatura)
Licença mensal Subscription (assinatura)
Licença perpétua

Além disso, estas licenças estão divididas em “fabricantes” diferentes, nos links abaixo, que você pode consultar diretamente:

Microsoft CSP (para licenças Cloud)
Microsoft CSP Sub (para licenças por assinatura)
Microsoft CSP PPT (para licenças perpétuas)

Ou seja, se você quiser navegar apenas pelas licenças disponíveis por assinatura, basta clicar no link correspondente acima, e assim por diante.

Finalmente, disponibilizamos uma única página com as licenças mais populares da Microsoft. Aqui você encontrará o Windows Server, o SQL Server, o Exchange o Windows 11 e 10 e todas as principais CALs destes produtos, inclusive na modalidade Educacional:

Produtos mais vendidos Microsoft CSP

Modelos de licenciamento para Microsoft 365, Office e aplicativos em geral, seja por assinatura ou perpétua

Este modelo tradicional de Licenciamento Microsoft CSP é muito simples: você precisa adquirir uma licença para cada máquina onde ela será instalada, não importa se ela é por assinatura ou perpétua. Portanto, se você precisa do Office 2021 (ou subsequente) ou Microsoft 365 para 10 máquinas, você precisa adquirir 10 licenças do produto que escolheu. E daí escolhe se quer pagar uma vez só (perpétua) ou mensal/anualmente (assinatura).

Modelos de licenciamento por Servidor + CAL explicados: melhor custo/benefício para pequenas e médias empresas

No licenciamento tradicional para servidores de rede, o cliente precisava adquirir uma licença para o servidor (como o Windows Server 2022, por exemplo) e uma licença de acesso para cada máquina ou usuário que precisasse se conectar a este servidor, o que chamamos de CAL (Client Access License, na sigla em inglês). Neste modelo, não importa a configuração do seu servidor, seja ele um simples Servidor Quad-Core ou um super Servidor Dodeca-Core, a licença do servidor tem um preço único. É o caso do Window Server Standard Edition, do SQL Server Standard Edition, entre outros. Este modelo de licenciamento é ideal para quem tem poucas estações ou usuários conectados ao servidor, pois o que vai fazer diferença no valor do investimento são as CALs. Normalmente, se a sua infraestrutura prevê apenas 1 ou 2 servidores com não mais do que 30 estações ou usuários, este modelo oferecerá o melhor custo benefício para sua empresa.

Este modelo de Licenciamento Microsoft CSP está disponível para versões perpétuas e por assinatura.

Modelo de licenciamento por Cores explicado: dispensa aquisição de CALs, indicado para 30+ estações

Desde o licenciamento Open, a Microsoft introduziu uma nova forma de licenciamento por Cores, para sua linha de produtos para servidores. 1 Core é 1 Núcleo de um processador físico instalado na máquina onde a licença será instalada. Por exemplo, um servidor com processador Quad-Core tem 4 Cores (Núcleos). Um Octa-Core tem 8 Núcleos e assim por diante.

Quando você adquire uma licença de servidor baseada em cores, você não precisa adquirir CALs para cada estação ou usuários (exceção para o Windows Server Standard, que desde a versão 2016, mesmo sendo licenciado por Cores, continua exigindo Cores). Pode conectar um número ilimitado de máquinas ou pessoas a este servidor, investindo apenas na licença do servidor. Este modelo de licenciamento é ideal para quem possui um grande número de clientes.

Algumas restrições se impõem, entretanto:

  • Vários produtos exigem a aquisição de um número mínimo de Cores para compra inicial. Isto significa que mesmo que seu servidor possua apenas 4 Cores, você terá que comprar o número mínimo de Cores da licença em questão;
  • Como exemplo, o Windows Server 2022 é vendido com um mínimo de 16 Cores por servidor (e mínimo de 8 Cores por processador neste servidor, o que resultar no maior número total de Cores) e o SQL Server 2019 Core precisa ser licenciado com o mínimo de 4 Cores. Ou seja, mesmo que o seu servidor tenha apenas 1 Processador de 4 Cores, você terá que adquirir o Windows Server de 16 Cores, pois este é o mínimo exigido para licenciamento inicial de 1 Servidor com 1 Processador de 2 até 16 Cores. Sempre que possível, a MicroSafe descreve estas exigências no próprio nome do produto em seu site;
  • O número de Cores adquiridos por licença precisa corresponder, no mínimo, ao número de Cores físicos presentes em seu servidor. Por exemplo, você não pode instalar o SQL Server de 4 Cores em um servidor Octa-Core. Precisa adquirir 8 Cores do SQL Server;
  • Uma pergunta muito frequente dos clientes é se existe diferença técnica entre o número de Cores licenciados e o número físico de Cores presentes no servidor onde a licença será instalada. A resposta é não. As exigências acima são do licenciamento Microsoft, para fins de legalização. Um servidor cujos Cores físicos sejam maiores do que os Cores licenciados estará ilegal e sujeito as multas e sanções da Lei de Software, que podem chegar a até 3.000x o valor de cada licença ilegal;
  • Após a compra inicial, é possível expandir o número de Cores adquiridos em pacotes de 2 Cores. Isso é muito útil quando se realiza o upgrade de um servidor para um mais potente. Por exemplo, se você legalizou o SQL Server com apenas 4 Cores em um servidor Quad-Core, ao migrar para um servidor Hexa-Core, precisará adquirir apenas mais 1 licença de 2 Cores;

Novamente, todas as opções acima estão disponíveis como licenças perpétuas ou por assinatura.

Modelos de licenciamento Cloud

O futuro está na nuvem, disso não há dúvida. A maioria das empresas constrói uma total infraestrutura de servidores + rede, na prática, apenas para ter acesso a uma solução de software. De um sistema de gestão hospitalar até o Office, no modelo anterior, eram precisos PCs, Switches, Cabos de rede, Servidores, Sistemas Operacionais com antivírus para tudo, Firewalls, um especialista para cada uma destas soluções e muito, muito trabalho para fazer tudo funcionar.

Com as soluções de nuvem, você meramente contrata um serviço (normalmente pago por assinatura) e começa a usar, a partir do seu celular ou de um simples e barato Chromebook, que sequer possui licença Windows para adquirir. Ou você pode reativar PCs ou notebooks antigos com distribuições mínimas do Linux. Afinal de contas, tudo que você precisa para acessar uma solução de nuvem é um navegador (browser) e uma boa e estável conexão a Internet. O céu é o limite.

PS: algumas soluções Azure exigem o navegador Edge rodando no Windows 10 ou 11 na ponta.

E é por isso que cada vez mais soluções estão migrando para a nuvem, e quem não migrar, ficará pra trás. Com as soluções da Microsoft, isso não é diferente. Novamente, de um simples Office (agora chamado Microsoft 365), até poderosas soluções de Sistemas Operacionais (Azure, Windows 365) e Bancos de Dados em nuvem (virtualmente idênticos ao SQL Server), a Microsoft tem toda uma gama de soluções para eliminar todos os seus custos de infraestrutura e ter seus dados e sistemas acessíveis em qualquer dispositivo, de qualquer lugar do mundo.

Para não ficarmos apenas na teoria, vamos a um exemplo prático que pode ser sua porta de entrada para a nuvem: o Exchange está 100% disponível na nuvem, em vários planos que se adequam às suas necessidades. O mais popular servidor de e-mails da Microsoft agora pode ser acessado de qualquer lugar do mundo, sem a necessidade que sua empresa monte uma infraestrutura de rede, servidor e internet (para a qual teria que dar suporte pleno), como era antigamente.

Na prática, quando você adquire uma solução tradicional de Cloud da Microsoft, tudo que você adquire é um tenant, que, na prática, é como se fosse um endereço de e-mail da sua empresa, personalizado no domínio onmicrosoft.com. Este tenant será criado na sua primeira compra de licenças Cloud, e exigido nas próximas, de modo que todas as suas soluções estejam sobre um mesmo guarda-chuva. Esta será a sua porta de entrada para todos os serviços de nuvem que você contratar dali por diante, assim como a conta do GMail é o login de todos os serviços do Google, por exemplo.

No licenciamento Cloud, não faz sentido licenciar por máquinas, só por usuários ou capacidade de recursos. Usando novamente o Exchange como exemplo, você iria adquirir X licenças do Cloud Exchange para cada X usuários que precisariam acessá-lo, o que na prática equivale ao número de caixas postais que você deseja deixar disponíveis. Em relação aos recursos, qual o tamanho máximo de cada caixa postal você desejaria ter? Escolha um plano de acordo com suas necessidades.

Além disso, soluções Cloud contam com escalabilidade e elasticidade embutidas. No modelo legado tradicional, quando sua aplicação exigia mais do que o seu servidor físico podia entregar, você era forçado a comprar um novo servidor. Além do novo investimento, era preciso realizar uma longa cotação de modelos com vários especialistas de diversas marcas, entender e dimensionar a máquina para as novas demandas, fechar a compra, esperar a máquina ser entregue, realizar um backup dos dados anteriores, instalar e configurar o novo servidor e todas as suas aplicações e, finalmente, transferir os dados e realizar uma série de testes de homologação para conferir que o novo servidor estava pronto para entrar em produção. E como toda empresa tem por meta crescer continuamente, este era um ciclo sem fim: em um ou dois anos, todo este processo teria que ser realizado novamente.

Se a sua aplicação for 100% Cloud, tudo que você precisa fazer é contratar mais memória, capacidade de processamento ou espaço em disco para aumentar sua performance e atender às suas novas demandas. Instantaneamente, sem a necessidade de mudar coisa alguma em seu ambiente. É a isso que damos o nome de escalabilidade, a capacidade de crescer junto com o seu negócio com a mera contratação de mais serviços.

Para empresas realmente dinâmicas, como operações de com´ércio eletrônico, por exemplo, que experimentam picos sazonais, tudo isso pode ser feito de maneira automática, ou seja, seu ambiente na nuvem cresce de modo a manter sua demanda sempre atendida com conforto. É a isso que damos o nome de elasticidade. Você pode combinar as duas formas.

Por isso, o Licenciamento Microsoft CSP para Cloud geralmente não é uma caixa fechada. Você começa com uma solução pequena e vai adicionando recursos conforme deseja ou necessita. Consulte a MicroSafe para suas necessidades em soluções Cloud!

Ainda tem dúvidas sobre Licenciamento Microsoft CSP? Pergunte-nos abaixo!