O Guia Definitivo de Servidores HP ProLiant
Se você já se decidiu a ter um servidor de rede em sua empresa, é porque entende que confiabilidade é o maior benefício que ele pode oferecer. Assim como você não usará um carro de passeio para fazer trilhas na selva, servidores de rede são o 4×4 dos computadores, desenhados para funcionar 24h por dia, 7 dias por semana, sem interrupção. E mais, servidores são desenhados para funcionar anos e anos a fio. De fato, dependendo da capacidade de expansão do mesmo (veja mais à frente), pode ser que você nunca mais troque de máquina!
Este guia é abrangente e tem por objetivo 1) Determinar alguns fatores importantes que você deve levar em consideração ao escolher um servidor para sua empresa e 2) Apresentar, no final, a linha de Servidores HP ProLiant, da qual a MicroSafe é Elite Partner (leia o texto com a devida crítica, portanto), com nossas recomendações de qual modelo se adequa a que situação.
Saiba o que procurar em um servidor:
Processador (CPU):
Via de regra, a característica principal de desempenho de um servidor é determinada pelo tipo de processador (CPU) que ele aceita. Para simplificarmos, um servidor com um processador Intel Xeon Eight Core (8 núcleos) é mais rápido e poderoso que um mesmo servidor, com processador Intel Xeon Six Core (Seis núcleos), e assim por diante.
Recomendação: para uma performance básica, recomendamos no mínimo processadores Intel Xeon Quad-Core.
Dentro de cada processador acima, ainda existem modelos diferentes, que funcionam em clocks distintos. O clock de um processador é como chamamos a frequência sob a qual ele opera, o que é um indicativo adicional de performance. Assim, um processador Xeon Eight Core de 2GHz tem uma performance um pouco menor do que a de um Xeon Eight Core de 2.1GHz, e assim por diante.
Recomendação: a menos que a diferença do clock entre um processador e outro seja de 1 ponto inteiro (2.x para 3.x, por exemplo), não haverá variação de performance significativa. Aqui, quem manda é o seu orçamento: comece pelo Xeon Quad Core recomendado ali em cima, e escolha o servidor com o processador de Core e Clock mais altos que seu orçamento permitir!
Existem outros fatores que influenciam na performance de um processador, como tamanho da memória cache, velocidade do barramento, entre outros detalhes. Mas todos eles seguem uma regra básica: quanto melhor o processador, segundo as características acima detalhadas, melhores serão estes fatores também. Por isso, por ora, não entraremos nestes detalhes.
Memória:
Componente vital de qualquer computador, em um servidor, quantidade de memória ainda é mais importante, para poder lidar com a massa de dados que ele será responsável em processar. Aqui, já escrevemos um post inteiro com essa recomendação: invista sempre no máximo de memória que seu servidor e orçamento permitirem! Pense bem: qualquer SmartPhone atualmente tem 2GB de memória!
Memória é um dos componentes mais baratos de um servidor, e ironicamente, um dos que mais aumentam o desempenho e segurança do mesmo. De pouco adianta um servidor com um processador de última geração, mas com pouca memória. Além disso, deixar de investir nesta compra no momento de aquisição do seu servidor irá lhe trazer outros problemas no futuro. O post acima explica em detalhes o porquê, não deixe de ler!
Além disso, memórias de servidor já são naturalmente do tipo ECC, uma tecnologia de auto-correção de erros.
Memórias também possuem velocidade! Ao comprar um servidor, ele já vem configurado com as memórias adequadas para o máximo desempenho da máquina. Ao adicionar mais memória, basta seguir o mesmo padrão.
Recomendação: o mínimo de memória decente para um servidor, atualmente, é ter pelo menos 8GB, se você puder investir. Este é o recomendado para servidores baseados em Windows Server 2012, por exemplo. Caso contrário, menos que 4GB é inviável para praticamente qualquer situação descrita neste post.
Disco Rígido (HD):
Uma vez que o servidor é geralmente a máquina eleita para armazenar todos os dados da sua empresa – ou no mínimo, os mais importantes — o tamanho do disco rígido (HD) que seu servidor terá (ou quantos HD´s ele terá) depende diretamente da capacidade do servidor escolhido, e, mais importante, da sua necessidade de armazenamento de dados. Para os padrões atuais, um disco de 250GB já não é significativo (qualquer notebook vem com um disco similar). Só quem poderá determinar o tamanho ideal é quem irá implantar a aplicação que será executada no servidor.
Discos, como tudo em TI, também possuem velocidade. HD´s normais têm sua velocidade aferida em Gbps ou Gb/s (Gigabits por segundo), que indica a capacidade de ler informações, por segundo. Um disco de 6.0Gbps é mais rápido que um disco de 3.0Gbps. Além disso, temos a rotação do disco, que indica com que velocidade ele gira internamente (um HD funciona exatamente como um disco de vinil em uma vitrola, com agulhas tendo que se posicionar na superfície do disco, para aí então, realizar a leitura). O padrão é 7200 rpm (rotações por minuto), podendo chegar a 10000 e até 15000 rpm. Finalmente, temos outros detalhes como memória cache, NCQ, entre outros, que seguem a mesma regra da memória: quanto melhor for o disco, melhor estes fatores também.
Os tipos de disco hoje são basicamente SAS e SATA, onde basicamente, muda apenas o tipo de conector de cada modelo. Normalmente, os servidores atuais trabalham com os 2 padrões de disco, e o cliente decide se quer usar discos SAS ou SATA (frequentemente, não pode misturar os 2 modelos no mesmo servidor). No passado, havia uma discussão se SAS seria mais confiável e mais rápido que SATA. Essa discussão vem perdendo força porque as 2 tecnologias evoluíram ao ponto de se tornarem quase indistinguíveis em termos de desempenho e confiabilidade.
Finalmente, especificamente os discos rígidos para servidores ainda se dividem em Hot-Plug (partida à quente) ou não. Discos Hot-Plug podem ser, literalmente, encaixados e retirados do servidor, com o mesmo ainda funcionando. Um recurso disponível somente nos servidores mais avançados.
Recomendação: Na prática: escolha SATA pelo preço e SAS pelo desempenho. 7200 rpm e 3.0Gbps é o mínimo aceitável. Já o tamanho do disco em si, somente sua aplicação pode dizer, mas não recomendamos nada menor que 250GB, sendo o mínimo ideal 500GB.
Capacidade de expansão – Um motivo importante, e frequentemente esquecido, pela qual se deve escolher um servidor se dá pela capacidade de expansão do mesmo. Uma vez que os Três Mosqueteiros acima (Processador, Memória e Disco) forem definidos, você pode se dar por satisfeito em sua configuração inicial. Mas se você adquire um servidor, é porque sua empresa ou negócio está madura o suficiente para crescer, e é isso que você deseja que aconteça. Quando acontecer, seu servidor continuará dando conta do serviço, ou você precisará trocá-lo por outro?
A capacidade de expansão de um servidor se dá justamente se ele permite que se aumentem CPU, memória ou disco, entre outros fatores. Esta capacidade vem descrita na especificação do servidor.
No caso da CPU, existem servidores que podem aceitar de 1 (sem expansão) a 12 (!) processadores, na mesma máquina (Cada CPU adicionada, em teoria, dobraria a performance da máquina, se o sistema operacional soubesse aproveitá-la, caso do Windows Server, por exemplo).
Para memória, o que vale é o número de slots livres para adicionar pentes (como são chamados os chips) de memória. Quanto mais slots livres, mais memória pode ser adicionada no futuro. Já existem servidores que aceitam nada menos que 196TB (Terabytes!) de memória instalada.
Finalmente, para disco, a questão é física mesmo. O servidor deve possuir baias livres para encaixar mais discos. Embora seja sempre possível adicionar armazenamento externo a um servidor (via NAS, SAN ou outas soluções), adicionar discos ao próprio servidor é mais simples, e com garantia de desempenho.
Recomendação: a capacidade de expansão mais importante é a da memória, sem dúvida. Em seguida, disco, e depois, processador. Analise o servidor escolhido segundo estes critérios. Lembre-se: servidores são máquinas projetadas para funcionar por anos a fio. Trocar é sempre pior do que expandir, pois envolve pegar tudo o que já estava funcionando, depois de anos de customização, e reinstalar e reconfigurar do zero. Quanto maior a capacidade de expansão de um servidor, mais avançado ele será, portanto, o quanto você deseja investir neste aspecto depende de sua visão para os próximos anos.
Segurança e proteção – Finalmente, se seu negócio de fato não pode parar, procure servidores que tenham características de redundância embutidas, ou seja, a capacidade de se recuperar de falhas graves, automaticamente. Este tipo de servidor possui a a capacidade de ter fontes de alimentação e ventiladores redundantes, por exemplo, que são componentes facilmente afetados por fatores externos de energia (a menos que você tenha um No-Break, mas isso é assunto para outro post!). Em caso de defeito em uma das fontes ou ventiladores, o servidor sequer para de funcionar, a segunda fonte/ventilador assume imediatamente.
RAID é a sigla de Redundant Array of Independent Drives, ou “Conjunto redundante de discos independentes”, mal-traduzindo. Se a controladora de discos de um servidor é capaz de realizar um RAID, significa que você pode utilizar 2 discos de igual tamanho e modelo, conectados a esta controladora, para funcionar apenas como um único disco. Por exemplo, você pode ter 2 discos de 1 TB em seu servidor, que para todos os efeitos, aparecem como um único disco de 1 TB. E porque desperdiçar este disco/espaço nesta configuração? Por que tudo que for gravado no primeiro disco, será “automagicamente” espelhado no segundo disco, pelo RAID, e com propriedade, chamamos isso de espelhamento (ou RAID 1). Em caso de defeitos ou falhas em qualquer um dos discos, os dados estarão preservados no disco espelhado.
RAID não serve apenas para isso, pode ser usado também em várias outras configurações (RAID 0, RAID 1+1, etc), mas para o propósito deste tópico de segurança, o exemplo acima é o mais simples e comumente utilizado.
Recomendação: assim como na capacidade de expansão, o fato do servidor aceitar componentes redundantes não significa que você precisa adquirir o servidor já com a segunda versão destes componentes, instalada. Pode adquirir o servidor apenas com a capacidade de redundância e instalar aos poucos. Mas se comprar um servidor que sequer oferece os recursos aqui descritos (fontes, ventiladores e discos redundantes), dificilmente conseguirá implantá-los mais tarde, se precisar (no caso de fontes e ventiladores, é impossível, e no caso dos discos, pode não existir controladora compatível com seu servidor que o torne capaz de efetuar um RAID).
Conheça a Linha de Servidores HP ProLiant que se adequa melhor ao seu caso
A HP mantém uma nomenclatura para sua linha de servidores que ajuda a determinar o propósito a que ele se destina (Servidores da linha ML, DL, BL, etc). Dentro disso, usa a terminologia de gerações, para melhorar as características básicas de cada modelo (Um servidor ML350 Gen8 será melhor do que um ML350 G7, por exemplo). Use este guia abaixo como ponto de partida – estamos listando as últimas gerações disponíveis, na data em que este post foi escrito (Setembro/2012). Clique na foto de cada servidor para conferir valores e condições do mesmo.
Linha HP ProLiant ML – para pequenas e médias empresas
Servidores de entrada, em formato torre, destinados a micro e pequenas empresas (até 50 funcionários). Pouca ou nenhuma capacidade de expansão, portanto, deve ser direcionado para aplicações departamentais (por exemplo: servidor de arquivos, e-mail e Internet; hospedar um sistema de varejo, automação, comércio, prestação de serviços com banco de dados simples para no máximo até 30 usuários; etc)
HP ProLiant ML110 G7 (639264-205)
Modelo básico de entrada, com configuração inicial até mesmo abaixo do recomendado neste post, mas por ter um custo/benefício alto em ser personalizado, é o mais vendido da HP. Pouca capacidade de expansão, suportando no máximo 16GB e 4 discos. Não aceita segundo processador, fonte redundante ou gerenciamento remoto.
HP ProLiant ML150 G6 (466132-201)
Mesmas características do ML110, mas com suporte a segundo processador, até 24GB e fonte redundante opcional (não incluídos no modelo básico). Este modelo provavelmente será descontinuado, pois já estamos na Gen8, e não foi lançado sequer modelo G7 para ele;
http://www.microsafe.com.br/466132-201_servidor-hp-proliant-ml150-g6-xeon-quad-core-e5504.npn.html
HP ProLiant ML350p Gen8 (686715-S05 – Substitui ML350 G7)
Já falamos da nova geração de servidores HP (Gen8) neste post . Da linha ML, o ML350 é o primeiro a ter modelos nesta geração, e o primeiro a ter processadores da nova linha Intel Xeon Six-Core (todos os anteriores são Xeon Quad-Core). A partir da Gen8, a HP também criou o sufixo “p” para indicar modelos “performance”, de alto desempenho. Sendo assim, o ML350p possui grande capacidade de expansão (até 768GB de memória, 6 discos e segundo processador) e segurança (até 2 fontes e 3 ventiladores redundantes), além de gerenciamento remoto. Oficialmente, é um servidor ideal para aplicações de ERP de pequeno a médio porte e empresas de 30 a 50 usuários, embora não nos surpreenderíamos se ele segurasse 100 usuários tranquilamente, se expandido à sua máxima configuração:
http://www.microsafe.com.br/686715-s05_servidor-proliant-hp-ml350p-g8-xeon-six-core-e5-2620.npn.html
Linha HP ProLiant DL – para empresas de médio a grande porte
A linha DL consiste de servidores em formato próprio para armazenamento em Rack´s (deitados), desde modelos simples até os destinados a tarefas de virtualização e serviços em nuvem.
HP ProLiant DL120 G7 (644705-205)
Considerado o modelo de entrada da linha DL, o DL120 G7 é um servidor rack com pouca capacidade de expansão (máximo de 16GB de memória e 4 Discos). É a versão do ML110 G7 em rack, para empresas que desejam ocupar pouco espaço com o servidor e armazená-lo em um rack já existente.
HP ProLiant DL160 G6 (641354-205)
O DL160 G6 aceita segundo processador, pode ter até 48GB de memória e 4 discos. Não suporta redundância, entretanto. É uma solução muito boa para empresas que procuram um servidor de entrada, mas com alguma capacidade de expansão, e, de quebra, economia de espaço.
HP ProLiant DL180 G6 (641209-205)
O DL180 G6 tem as mesmas características do DL160 G6, mas aceita também até 192GB de memória, 1 fonte e até 3 ventiladores redundantes, gerenciamento remoto, além de poder ter sua capacidade de discos aumentada de 4 para 8, adquirindo-se uma gaiola de discos opcional, e retirando a unidade de DVD. Para uma máquina com esta capacidade de expansão, o processador base (Xeon Quad-Core) está um pouco defasado, entretanto, o custo/benefício dela é ótimo, praticamente o mesmo do DL160 G6, tornando-a uma excelente opção a ele:
HP ProLiant DL360e Gen8 (686213-S05 – Substitui DL360 G7)
A partir da linha Gen8, a HP criou o sufixo “e” para indicar seus servidores “entry-level” (que de entrada, não tem nada, são incrivelmente sofisticados).
O DL360e é outro servidor de rack que possui processador Xeon Six-Core, capacidade de expansão até 2 processadores, máximo de 384GB e 4 discos, suporte para gerenciamento remoto e um detalhe interessante: é o primeiro servidor desta lista que já vem com 2 fontes redundantes inclusas no modelo básico, portanto, é ideal para missões críticas. Por este mesmo motivo, é o primeiro servidor desta lista que recomendamos para Datacenters como máquina de virtualização ou serviços de nuvem de pequeno porte.
HP ProLiant DL360p Gen8 (670636-S05)
Possui as mesmas características do DL360e Gen8, mas com processador Xeon Eight-Core (!), até 768GB de memória e 6 ventiladores (!) já inclusos. Novamente, recomendada como máquina para Datacenters, virtualização ou serviços de nuvem de médio porte, desde que espaço em disco para as máquinas virtuais não seja um requisito importante (para isso, veja o DL380e a seguir).
HP ProLiant DL380e Gen8 (686205-S05 – Substitui o DL380 G7)
O entry-server DL380e Gen8 apresenta processador Xeon Six-Core, aceita segundo processador, até 384GB de memória, já inclui 2 fontes redundantes, com opção para até 2 ventiladores redundantes. É o primeiro servidor desta lista a suportar nativamente 6 discos, sem necessidade de gaiola de expansão. Trocando-se a controladora de discos nativa por uma mais avançada, e adicionando cabos, suporta até 8 discos nativamente. Somando-se todas as gaiolas e módulos de disco opcionais, este servidor pode gerenciar diretamente nada menos que 242TB (!) de espaço em disco (verificar disponibilidade dos opcionais). Finalmente, o DL380e possui 3 slots livres PCI Express, uma raridade em servidores rack.
Com essa capacidade de armazenamento em disco, memória e redundância, o DL380e é o primeiro servidor desta lista que recomendamos seriamente para qualquer projeto de virtualização baseado em um único servidor. Testes com o DL380e em sua configuração máxima mostraram que ele suporta facilmente a carga de até 50 máquinas virtuais (VM´s) com aplicações de escritório, tornando-o o servidor ideal para virtualizar call centers, por exemplo.
HP ProLiant DL380p Gen8 (653200-B21)
Além das características avançadas já demonstradas pelo DL380e, o DL380p vai além nas seguintes áreas: ele já vem com 2 (!) processadores Xeon Eight-Core (!) e a controladora nativa já suporta 8 discos sem necessidade de upgrade. Valem as mesmas indicações do DL380e, sendo que, novamente, expandido à sua configuração máxima, o DL380p é o servidor ideal para Datacenters que empregam virtualização em escala maciça.
http://www.microsafe.com.br/653200-b21_servidor-proliant-hp-dl380p-g8-xeon-six-core-e5-2620.npn.html
Linha HP ProLiant BL – soluções superiores para empresas que precisam de alta tecnologia
Nesta linha você encontra soluções avançadas para farms e clusterização de servidores (a capacidade de agregar vários servidores em uma única máquina virtual para funcionar como se fosse uma só).
Estes modelos estão disponíveis somente sob consulta à MicroSafe!
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