Recentemente, meu NAS pessoal chegou quase no limite de seu primeiro HD de 2TB. Como a maioria dos Sistemas de Armazenamento em Rede (Tradução que demos para “Network Attached Storage”), ele comporta até dois discos rígidos, de 2TB, cada.
Pensando em adquirir um segundo disco de 2TB, refleti sobre o uso típico de NAS em empresas, e recentemente, como se popularizou o uso doméstico deste tipo de hardware, devido à sua queda de preço, e, principalmente, às facilidades que oferece:
- Um NAS, em termos bastante simples, é basicamente um “HD Remoto”. Tipicamente, é uma caixinha que comporta vários HD’s, e ao ser plugada em sua rede, faz com que o conteúdo lá armazenado possa ser acessado como um disco local por todos os clientes desta mesma rede (Com direito à ter uma letra para a unidade no Windows e tudo);
- Sendo um dispositivo pequeno (muitas vezes do tamanho dos HD’s que comporta), plug-and-play (basta “espetar” na rede que são reconhecidos) e desenhado para ficar ligado o tempo todo, com baixo consumo de energia e recursos da rede, começamos a ter a nossa própria “nuvem” na empresa ou em casa: Terabytes de espaço na ponta dos dedos, sempre disponíveis, a um clique do mouse… Em casa, podemos “jogar” todos os nossos arquivos de mídia em um NAS e esquecer. Em uma rede corporativa, as aplicações são infinitas;
- Como se esta disponibilidade já não fosse excelente, alguns NAS também funcionam como mini-servidores (Muitos baseados em uma variante de Linux), acesssíveis pela Web, em uma interface simples (porém, em inglês), dentro e fora da rede. A melhor parte disso é que tarefas tipicamente longas, como Backup e Downloads de atualizações de Sistemas Operacionais, podem ser executadas nestes dispositivos, com agendamento, eliminando completamente a necessidade de um servidor ou máquina dedicada;
Logo, NAS são dispositivos ideais para grandes capacidades de armazenamento, tarefas demoradas, mas… geralmente não são dispositivos de alta performance, a não ser pelos modelos corporativos mais avançados, ficando em uma faixa de preço que varia de poucas centenas de Reais ao preço de um carro popular, mas que valem cada centavo, comparado com o tempo e custo de implantar semelhante capacidade em um servidor de rede, por exemplo.
Sendo assim, NAS são dispositivos que casam perfeitamente com discos rígidos “verdes”.
Embora o TechTudo não tenha gostado da performance dos discos Green da Seagate, a combinação de tamanho, economia de energia e preço (modelos de 1.5TB por menos de R$ 300) dos mesmos é imbatível. E quando se considera o casamento deles com NAS da própria Seagate (Linha BlackArmor, começando em menos de R$ 500), pode-se perceber que o custo por Gigabyte tende a cair para a casa de centavos.
Um ponto é que, honestamente, talvez sua empresa não consiga salvar o planeta adquirindo discos Green. Mas vai conseguir salvar bastante arquivos…