Outro dia no Facebook, o C.A.T., colunista do Jornal O Globo do Rio de Janeiro, disse que quem ainda chama “computador” de “micro” denuncia a idade. Bateu. Vamos mudar as categorias do site da MicroSafe depois (Sim, a gente chama de “micros”). Mas isso me inspirou a este post abaixo, sobre outra terminologia incorretamente usada atualmente:
Micros x Computadores x Workstations
É que quando nos formamos, existiam, de fato, minis e micro-computadores. Mini-computadores eram do tamanho de um frigobar, e somente usados por grandes empresas. Os microcomputadores eram os PC´s e Apple´s de antigamente, que hoje são nossos desktops de mesa (Daí vem o hábito de chamá-los de “micros”). E computador, para ser chamado assim, tinha que aparecer ocupando uma parede inteira, com um rolo de fita, no background de algum seriado a la Star Trek.
Hoje temos uma confusão menos popular, mas similar. Muita gente chama o computador normal de “estação de trabalho” (Workstation). Embora correto, o termo Workstation já vem sendo usado há pelo menos 10 anos pela HP e outras concorrentes (a primeira a usar, na verdade, foi a Sun) para determinar uma classe superior de computadores de missão crítica.
O que é uma Workstation, então?
Workstations são estações gráficas de configuração avançada, robustez a toda prova e alto desempenho, dedicadas muitas vezes a trabalhos na área de física, matemática, desenho industrial, design, Computer Arts, engenharia, arquitetura e geoprocessamento em geral. Aplicações típicas de Workstatiosn são CAD (2D e 3D), Modelagem 3D, Cartografia, Cálculo e Pesquisas Geológicas, Animação computadorizada, enfim, qualquer tipo de aplicação que demande alta capacidade de processamento de cálculos e gráficos complexos.
Workstation ou computador turbinado?
Esta é uma longa e apaixonada discussão, parecida com “micro de marca ou micro montado”. Mas nós acreditamos que ela se assemelhe mais aos motivos que já justificaram o uso de um servidor de marca ao longo dos últimos anos:
- Assim como nos Servidores, Workstations são máquinas construídas para um fim específico, e com isso, estão muito mais preparadas para atender — e superar — este objetivo;
- Um exemplo claro é na construção dos gabinetes, que são pensados em refrigeração, robustez e capacidade de expansão. Com efeito, a Z800 (Workstation topo de linha da HP) já vem com uma fonte de 1o10w, preparada para aguentar até 2 processadores Xeon Six Core e 2 placas de vídeo Quadro. Colocar este tipo de configuração em um computador que não é certificado para isso (muitas vezes, não é sequer cogitado) é correr o risco de ver todo esse investimento, literalmente, virar fumaça;
- As Workstations HP são projetadas para compatibilidade com as aplicações que irão rodar. Isso não é tão simples quanto “rodar o Windows 7 64” quanto se pode pensar. Até pouco tempo atrás, softwares de CAD possuíam drivers proprietários. É vital adquirir uma Workstation voltada para a sua aplicação;
- Já ficou subentendido no tópico anterior, mas onde mais você encontrará computadores que de fato lhe entregam os mais poderosos processadores do mercado? Não é simples montar uma arquitetura de hardware que suporte um processador Opteron ou Xeon Six Core, e com efeito, você raramente irá encontrar um computador “turbinado” com estas opções. Isso mostra o comprometimento e a tecnologia envolvidas por trás de uma Workstation, que a rigor, é a mesma que se dedica a um servidor de marca;
- Workstations também já são construídas pensando em necessidades que não são tão óbvias em outros computadores, como o suporte a vários monitores de altíssima resolução (Nos modelos Z600 e Z800, podem chegar a 8 monitores!), e a capacidade de expansão de praticamente tudo (memória, disco, processador, placa de vídeo, etc). Enquanto Workstations podem ser facilmente configuradas com até 192GB de memória, é raro encontrar esta versatilidade em computadores comuns, o que limita até onde se pode alcançar em produtividade com a máquina;
- A longevidade e robustez de uma Workstation dedicada é amparada pelo fato de que todas são vendidas com garantia mínima de 3 anos, e o cliente tem opção de aumentar ainda mais o escopo desta garantia, algo que computadores montados simplesmente sequer contemplam;
- Finalmente: qualquer que seja a sua opção, um investimento em um computador deste porte será significativo. Este é um exemplo clássico onde o barato pode sair muito caro;
Workstations HP Z400, HP Z600 e HP Z800
Workstation HP Z400
A Workstation HP Z400 é o atual modelo de entrada da HP. As configurações padrão são: (Cada link abaixo mostra também todos os opcionais possíveis):
Como se pode ver acima, a Z400 está limitada a processadores Xeon Quad Core série W. Além disso, a Z400 não permite a instalação de um segundo processador ou placa de vídeo. É indicada para tarefas “de entrada”, como CAD 2D.
Workstation HP Z600
Sendo um modelo intermediário, a Z600 já aceita 2 processadores (segundo processador comprado à parte), e uma capacidade de expansão de memória e placa de vídeo bem maiores que a da Z400, podendo chegar a 8 monitores acoplados. Ideal para mapeamento, geoprocessamento e indústria de óleo e gás.
Workstation HP Z800
Chegamos ao topo de linha das Workstations HP, o modelo Z800. Esta linha suporta até 2 processadores Xeon Six Core e até 192GB (!) de memória (Usando RDIMM. Com UDIMM, 24GB), com os mesmos 8 monitores da Z600. É a Workstation perfeita para modelagem 3D e CGI. E se você está se perguntando, sim, este é o tipo de estação de trabalho que empresas como a Pixar utilizam para modelar e animar seus filmes.
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