Empresas: Não gastem dinheiro à toa com Redes Sociais

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Cuidado para não investir errado

Ciranda, cirandinha, qual rede vai dançar?

Este ano, a MicroSafe iniciou sua estratégia de Redes Sociais. Começamos em Março de 2011, com a inauguração simultânea de nosso Blog, Twitter e Facebook (Estamos no Google+ também, informalmente).

Em nenhum momento fizemos isso porque “estava na moda”. Tudo que fazemos, nos determinamos a fazer bem feito. Por isso, levamos bastante tempo analisando a situação deste “fenônemo”, pois ao entrar em uma aproximação direta com o público, uma empresa deve estar ciente que:

  1. Estará se expondo a críticas como nunca antes foi possível na curta história da Internet;
  2. Assumirá uma responsabilidade de manter seus canais de mídias sociais sempre atualizados e interessantes;
  3. Acima de tudo, responderá e estará disposta a interagir com todo tipo de público – cliente ou não;

Em segundo lugar, analisamos o que já existia no mercado. Somos autodidatas por natureza, e pelo post inicial de nosso blog, dá pra perceber que não simpatizamos muito com gurus. Gostamos de “aprender fazendo”, e na verdade, depois de muita ponderação, entendemos que… esse é o caminho ideal para as Redes Sociais. Porque acima de tudo, espontaneidade não se ensina! E hoje eu diria que este é um ativo intangível dos mais importantes nesta empreitada online.

Mas vamos ao tema do post. Eu sempre repito este exemplo: Alguém aqui ainda lembra do Second Life? Foi (do verbo “já era”) um “universo paralelo” onde você poderia criar uma versão virtual de si mesmo, através de um aplicativo, conectado à internet. Algo como o jogo The Sims, online, com a diferença que você era o próprio Avatar, e poderia interagir com outros Avatares, comprar imóveis, etc…

A um certo ponto, em 2004, a histeria em torno do produto fez com que se a sua empresa não estivesse no Second Life, ela não era ninguém. Ou pelo menos era isso que algumas publicações Brasileiras de TI bastante renomadas e conhecidas diziam, batendo na tecla que você perderia rios de dinheiro se não aproveitasse “a nova onda da Internet”. De fato, eles ganharam bastante dinheiro vendendo essa idéia, e criando seminários, palestras, livrinhos, o diabo, em cima. E aí, empresas do porte do Itaú, Volkswagen e dezenas de outras liberaram verba de marketing para construir agências virtuais no SL. E com estas verbas dando sopa, outras tantas empresas de consultoria apareceram e sumiram com a mesma rapidez que o Second Life… virou pó. Ele ainda existe, mas pouco, ou quase nada, se fala a respeito. Não é exatamente o que sua estratégia de marketing consideraria como um bom veículo, certo?

Empresas normalmente são rotuladas de “modernas” ou “estagnadas” de acordo com suas “atitudes”. Na época, não fizemos nada. Poupamos um bom dinheiro. Nosso conselho é: Não ligue para rótulos e para a mídia. Apenas faça o que deseja, mas quando decidir fazer, faça bem feito.

Quando o Twitter surgiu como um furacão na mídia (que até hoje, não consegue explicar o que ele é — eu odeio quando chamam Twitter de “microblog” –, e para que ele serve), ele iniciou a “era moderna” das Redes Sociais. Sim, porque “rede social” mesmo existe há séculos (eu estou online desde 1981, comecei nos BBS’s, e nem me atrevo a começar a explicar o que era isso, ou este post não termina hoje), só não tinha o alcance e divulgação que tem hoje. Até o momento, eu já perdi a conta de quantas redes sociais online existem.

Mas o importante mesmo é quantas não “existem” mais: O Orkut, sucesso total no Brasil, perdeu seu ar de inovação para o Facebook, e agora ainda vem o Google+ dividir mais atenção do público; o MySpace foi reduzido em valor a migalhas do que já valeu um dia, e assim por diante…

O que teria acontecido com a verba da sua empresa se tivesse embarcado na onda das redes sociais como um todo há menos de 1 ano atrás, quando as redes acima estavam com tudo?

Claro que niguém pode prever o futuro, e não estamos depreciando qualquer das redes aqui. Mas é que esperar a consolidação de mercado é um fator chato, sem graça, que nenhuma empresa tem coragem de falar a respeito, mas sinceramente? Passou da hora de abordarmos estas questões com seriedade. Não podemos simplesmente investir em colocar um logotipo em uma determinada rede social e deixá-la abandonada, mas também, não faz sentido investir tempo — o bem mais precioso das empresas — em algo sem ROI comprovado.

Então, este artigo fecha seu círculo (não, não é trocadilho com o Google+) desta maneira: Quando decidimos investir em redes sociais, escolhemos 2 veículos consolidados (Facebook e Twitter), e 1 já começando a sofrer “ataque de mídia” (“Os Blogs vão morrer?”). Centramos nossa estratégia justamente neste último – o Blog – por razões simples:

  • Um Blog só depende de nós para existir;
  • Se você entende um pouco de tecnologia ou internet, o custo financeiro é zero, portanto, tudo que você tem a investir é tempo e seu próprio talento;
  • Um Blog pode servir tanto para divulgar nossa empresa e nossos produtos, como para treinar nossos funcionários e repassar informações entre eles. No mínimo, você terá um uso para o que escreve;
  • Um Blog, se escrito com conteúdo original e relevante, torna-se referência, e isto é valiosíssimo para sua empresa, pois as pessoas irão se dispor a lê-lo todo dia, ou ao menos, procurá-lo, segui-lo, etc… Por isso, a pior coisa que pode ser feita em um Blog é escrever sobre como sua empresa é legal, moderna e “tchap-tchura” o tempo todo. Divulgue informação relevante para o mundo, não para você. A segunda pior é plagiar conteúdo. Não há problema em repassar informação, desde que seja dado o devido crédito ao autor original. Isso o tornará respeitado também por outros autores;
  • Respeitado o princípio anterior, informações em Blogs possuem cauda longa, isto é, podem ser encontradas e discutidas muito tempo depois de serem escritas, gerando retorno durante muito tempo;
  • Você pode se divertir à beça escrevendo um Blog, e seus clientes vão perceber isso. Fazer o cliente enxergar sua empresa além da tela do computador é como conquistar um amigo a cada leitura — e acredite, as pessoas não estão dispostas a tratar empresas com bons olhos (é só ver o quanto elas sofrem com compras na Internet). É você que tem que conquistar isso;
  • Sabe o que é mais interessante neste post aqui? É que ele não está sendo escrito por alguém que vende Blog ou consultoria para mídias sociais, e sim, por quem usa 🙂

Isso quer dizer que Facebook e Twitter podem ser roubada? Claro que não. Em nosso caso, adotamos uma estratégia para diversificar conteúdo que tem dado bons resultados: No Twitter, sempre divulgamos quedas de preço de nossos produtos; e informações de terceiros relacionadas ao nosso mercado. No Facebook, falamos de lançamentos de produtos e dicas de sites. Estas mídias são mais adequadas (em nossa opinião) a comunicações rápidas, que também possam ser lidas rapidamente, pois são incrivelmente efêmeras (Se você piscar, você perde o que aquele seu amigo tuitou, e pouca gente volta atrás em uma timeline ou wall para ler posts “antigos”).

Já o Blog nos dá tempo e espaço para escrever textos mais longos (como esse). E, principalmente, interagir com quem comenta com calma. Se vai fazer sucesso, se vai ser lido, isso é outra questão. Para a MicroSafe em si, a iniciativa já valeu e se pagou muitas vezes, apenas por colocar nossa voz em público. Seja para falar de assuntos ultra-técnicos, como uma Storage P4800, ou para brincar com o último grande meme da Internet, os pôneis malditos – ironicamente, o post de maior sucesso do Blog até hoje. E olha que somos uma empresa criticada por excesso de seriedade!

O importante é que aqui, há humanos trabalhando. Todos eles dedicados a tornar você nosso próximo cliente, sim, porque precisamos pagar nossas contas, claro. Mas também querendo passar tudo que nos torna, além de profissionais… pessoas. E as Redes Sociais servem muito bem para isso.

PS: Esse final foi bonito, hein?